Quais são as cidades mais ricas do agronegócio?
As cidades mais ricas do agronegócio se destacam pelo alto desempenho produtivo, uso intensivo de tecnologia no campo e forte presença nas exportações brasileiras.
De acordo com levantamento do MAPA, os 100 municípios mais ricos, em valor de produção, ocupam uma área colhida de 33,1 milhões de hectares, representando 34,5% da área total de 95,8 milhões de hectares do Brasil.
Neste artigo, você vai conhecer os municípios que lideram esse ranking, entender o que eles têm em comum e descobrir como o produtor pode se inspirar nesses exemplos para crescer no campo.
Confira a seguir!
Qual a importância do agronegócio para a economia brasileira?
O agronegócio é um dos principais motores da economia brasileira, sendo responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB),empregos e exportações do país.
PIB
Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 1,81% em 2024, atingindo R$ 2,72 trilhões, de acordo com a CNA e o CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Em 2025, essa participação pode chegar a R$ 3,79 trilhões, com R$ 2,57 trilhões no ramo agrícola e R$ 1,22 trilhão no ramo pecuário. Além disso, estima-se que a participação do agronegócio no PIB total do Brasil alcance 29,4%, o maior nível em 22 anos.
Geração de empregos
A cadeia produtiva do agronegócio é uma das maiores empregadoras do país. Em 2024, o setor ultrapassou a marca de 28 milhões de pessoas empregadas, o que corresponde a cerca de 26% do total de ocupações no Brasil. Essa capacidade de gerar postos de trabalho é fundamental para o desenvolvimento social, especialmente em regiões rurais.
Balança comercial e exportações
O agronegócio é o grande responsável pelo superávit da balança comercial brasileira. Em 2024, as exportações do agronegócio atingiram US$ 164,4 bilhões, representando cerca de 49% do total exportado pelo Brasil.
Nesse cenário, produtos como soja, milho, carnes (bovina, de frango e suína),café, açúcar e celulose são destaques, consolidando o Brasil como um dos maiores produtores e exportadores globais de alimentos e commodities agrícolas.
O que define uma “cidade rica” no contexto do agronegócio?
No contexto do agronegócio, uma “cidade rica” é definida pelo desempenho econômico gerado pelas atividades agropecuárias e agroindustriais. Isso significa que a riqueza local está diretamente ligada à força do setor rural e à sua cadeia produtiva.
Essas cidades podem apresentar características como:
Concentração de atividades ligadas ao agronegócio: armazenamento, beneficiamento, processamento, transporte e comercialização de produtos agrícolas, além de empresas de máquinas e equipamentos agrícolas, insumos e serviços financeiros especializados.
Infraestrutura voltada para o agronegócio: portos, ferrovias, estradas e sistemas de comunicação que facilitam o escoamento da produção.
Crescimento econômico impulsionado pelo agronegócio: geração de empregos, aumento da renda e investimentos em infraestrutura e serviços.
Funções urbanas especializadas: centros de pesquisa e desenvolvimento, feiras e eventos agropecuários, além de instituições de ensino e formação de mão de obra para o setor.
Interação com o campo: relação próxima com as áreas rurais produtoras, com fluxo de pessoas, produtos e informações entre a cidade e o campo.
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Quais são as cidades mais ricas do agronegócio no Brasil?
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Secretaria de Política Agrícola (SPA),listou os 100 municípios mais ricos do agronegócio no Brasil. Essa análise detalhada foi feita com base nos dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do IBGE.
A lista abrange 14 estados brasileiros: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.
A região Centro-Oeste se destacou, com o estado de Mato Grosso na liderança, abrigando 36 dos municípios mais produtivos do país. Nesse cenário, Sorriso (MT) ocupou a primeira posição, com uma produção de R$ 8,3 bilhões, seguido por São Desidério (BA),com R$ 7,8 bilhões.
Vale ressaltar que os 100 municípios mais ricos em valor de produção ocupam, em conjunto, uma área colhida de 33,1 milhões de hectares, representando 34,5% da área total de 95,8 milhões de hectares do Brasil.
Em geral, a base das informações abrange 70 produtos das lavouras temporárias e permanentes produzidas nos 5.563 municípios brasileiros. A classificação final desses 100 municípios é, portanto, fundamentada no valor total de sua produção. Confira a lista completa.
Topo do ranking
1. Sorriso (MT): lidera o ranking de produção agrícola do Brasil. É considerada a maior produtora mundial de soja e se destaca na produção de milho e algodão. Sua infraestrutura de armazenagem e o uso de tecnologia contribuem significativamente para sua liderança.
2. São Desidério (BA): um dos maiores produtores de algodão do Brasil, além de ter uma forte produção de soja e milho. O clima favorável e as práticas agrícolas, com foco em irrigação, ajudam a elevar sua produtividade.
3. Sapezal (MT): outro destaque mato-grossense, com alta produção de soja, milho e algodão, e forte investimento em tecnologia agrícola.
4. Campo Novo do Parecis (MT): também no Mato Grosso, é um importante centro produtor de grãos.
5. Rio Verde (GO): localizada no estado de Goiás, possui uma economia agropecuária diversificada, incluindo lavouras e pecuária. A cidade também se sobressai pelo uso de tecnologia e industrialização do setor.
6. Diamantino (MT): mais uma cidade de Mato Grosso com um VBP (Valor Bruto da Produção) expressivo, impulsionado pela produção de grãos.
7. Formosa do Rio Preto (BA): no oeste baiano, essa cidade também se destaca pela grande produção de grãos.
8. Nova Ubiratã (MT): com forte produção de soja e milho, é mais uma do Mato Grosso que figura entre os municípios mais ricos do agro.
9. Nova Mutum (MT): assim como as outras cidades mato-grossenses, tem sua riqueza alicerçada na produção de grãos.
10. Jataí (GO): outro município goiano que integra a lista, com uma economia agrícola robusta e relevante para o estado.
O que as cidades mais ricas do agronegócio têm em comum?
Em geral, as cidades mais ricas do agronegócio brasileiro compartilham características como alta produtividade, uso intensivo de tecnologia, boa infraestrutura de transporte e logística e foco em culturas de alto valor como soja, milho e algodão.
Além disso, muitas dessas cidades são centros importantes para a produção e escoamento de produtos agrícolas, com investimentos em agricultura de precisão e práticas sustentáveis.
O que os produtores podem aprender com as cidades mais ricas do agronegócio?
Ao ter acesso a informações sobre as cidades mais ricas do agronegócio, os produtores rurais de outras regiões podem analisar e aplicar práticas adaptadas à realidade da sua propriedade. Veja como:
1. Boas práticas
A princípio, os produtores podem entender o que essas regiões fazem de diferente e identificar melhores práticas e estratégias de sucesso. Isso inclui:
- Manejo do solo e cultura;
- Escolha de cultivares;
- Sistemas de produção.
2. Adoção de tecnologia e inovação
As cidades ricas no agronegócio são frequentemente pioneiras na adoção de tecnologias. Conhecer suas práticas permite que outros produtores:
- Identifiquem tecnologias relevantes;
- Avaliem o custo-benefício;
- Busquem parcerias.
3. Oportunidades de mercado e comercialização
A alta produção e o valor gerado nessas regiões indicam mercados consolidados e canais de comercialização eficientes. Nesse sentido, os produtores podem:
- Analisar cadeias de valor;
- Diversificar a produção;
- Buscar certificações.
4. Gestão e Financiamento
A prosperidade dessas cidades também reflete uma gestão eficiente. Sendo assim, os produtores podem aprender sobre:
- Modelos de financiamento;
- Gestão de custos e riscos;
- Modelos de cooperativismo.
5. Cenário macroeconômico e tendências
Ao monitorar o desempenho e as tendências dessas regiões, o produtor pode ter uma visão mais clara do futuro do agronegócio:
- Percepção de riscos e oportunidades;
- Investimento em pesquisa.
Contudo, o conhecimento sobre as cidades mais ricas do agronegócio não é apenas uma curiosidade, mas uma ferramenta para que produtores de todo o país possam aprimorar suas práticas, aumentar sua produtividade e garantir maior rentabilidade.
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