Produção de grãos no Brasil: conheça esse mercado

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Produção de grãos no Brasil: como anda esse mercado

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A produção de grãos representa um importante setor econômico para o Brasil, visto que o país está entre os maiores produções mundiais. Entre os mais cultivados estão o arroz, feijão, milho, soja, trigo e algodão.

Nesse artigo, vamos apresentar como está o cenário brasileiro de produção de grãos e quais são as últimas estimavas para a safra 2020/21.

Vamos lá?

Quais são os grãos mais produzidos no Brasil?

Em resumo, os principais grãos produzidos são: arroz, feijão, milho, soja, algodão e trigo.

Arroz

O arroz é o terceiro cereal mais produzido no mundo, ficando atrás apenas do milho e do trigo. No Brasil, a região sul é a que mais produz o alimento, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor com 25,6% da área cultivada e 44,5% da produção.

Já em segundo lugar, entre os maiores produtores está o Mato Grosso, com 16,4% da área e 14,0% da produção.

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Em resumo, no Brasil, o Rio Grande do Sul é o maior estado produtor, seguido do Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina, Goiás, Tocantins, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Nesse cenário, o sistema de cultivo permanente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina é o de irrigação por inundação, enquanto nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Goiás, Minas Gerais e São Paulo utilizam o sistema sequeiro.

Feijão

Em síntese, feijão é o nome dado a diversos tipos de grãos de várias plantas da família Fabaceae. Rico em nutrientes, é um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros.

Entre as três espécies de feijão mais cultivadas no Brasil são:

Feijão comum (Phaseolus vulgaris): também chamado de “carioca”, é o mais consumido no país.

Feijão macassa (Vigna unguiculata): é considerado como base da alimentação de muitas populações rurais, especialmente das regiões Norte e Nordeste.

Feijão-guandu (Cajanus cajan): muito usado na alimentação de animais.

Vale destacar que o feijão é uma excelente fonte proteica, fonte de ferro, vitaminas do complexo B e fibras, além de possuir boas quantidades de carboidratos, substâncias que garantem a energia necessária para o funcionamento do corpo.

Milho

Primeiramente, o milho é a semente da planta da espécie Zea mays. Classificado como cereal, está entre os alimentos mais consumidos do mundo (segunda maior cultura),tanto na alimentação humana quanto na animal.

Cada espiga tem entre 200 a 400 grãos, sendo que uma das variedades mais comuns no Brasil, é o milho branco, empregado em pratos típicos. Seus grãos são mais pesados, esbranquiçados, e sua espiga é mais fina.

Além disso, o milho é muito utilizado como matéria-prima industrial, principalmente na fabricação de óleo, fubá, biscoitos, pães, massas, bolachas, etc. Outro grande segmento consumidor é o de fabricação de rações animais. Já na culinária, o cereal é utilizado no preparo de bolos, caldos, tortas, saladas, e vários pratos típicos, como a pamonha ou a canjica, por exemplo.

É importante ressaltar que a produção do milho representa cerca de 30% do total de grãos produzidos no mundo. Os maiores produtores são os EUA, China, Brasil, União Europeia, México e Argentina. No Brasil, os Estados que se destacam na produção do cereal são: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Soja

A soja é um grão originário da China, há 5.000 anos é utilizado na alimentação. Sua composição contém proteínas, fibras, monossacarídeos, oligossacarídeos, óleos, cálcio, fósforo, ferro, sódio, potássio, magnésio, cobre, carboidratos, lipídios, vitaminas B e E, ômega 3 e 6.

Assim como o milho, a soja é utilizada como matéria-prima na fabricação de diversos alimentos como tofu (queijo de soja),óleo de soja, farinha de soja, leite de soja, proteína texturizada de soja (carne de soja),molho de soja (shoyo),soja torrada e extrato de soja.

Para a confecção de tais produtos provenientes da soja, os grãos são limpos, condicionados, descascados e flocados. Assim, após transformar os grãos em flocos retira-se desses o óleo que é submetido à secagem para que o processo de transformação do produto final seja realizado.

Algodão

Na prática, o algodão é responsável por uma das principais cadeias produtivas do Brasil e do mundo. Isso porque essa commodity representa uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) do País e emprega, direta e indiretamente, milhões de brasileiros.

Nesse sentido, entre os maiores produtores estão o Mato Grosso, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás. Há, ainda, produção em estados como Paraná, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba.

No geral, o plantio ocorre de outubro a fevereiro e a colheita se estende de março a agosto. Sendo que os maiores compradores são Indonésia, Coreia do Sul, Vietnã, Bangladesh, Paquistão, China e Malásia.

Em relação aos modos de consumo, o algodão em pluma é destinado basicamente à indústria têxtil e a variedade em caroço é usada na produção de óleo comestível, biodiesel, misturas para rações animais e adubos.

Além disso, o óleo pode ser utilizado no preparo de saladas, maioneses, molhos e frituras. No mais, também pode servir como lubrificante e ingrediente de margarinas, biscoitos, cosméticos, remédios, sabões e graxas. A coloração varia do amarelo claro ao dourado e tem um leve sabor de castanha (pois é retirado do caroço da planta). Também é rico em vitamina E.

Trigo

O trigo é uma gramínea da família Poaceae , do gênero Triticum com 21 espécies. Em geral, as culturas de trigo são sempre classificadas de acordo com a estação do ano em que são plantadas e se desenvolvem. Sendo assim, podem ser identificados como trigo de inverno ou trigo de primavera.

Além disso, também são consideradas a quantidade teor de glúten, podendo ser chamados de trigo duro (alto teor) ou trigo macio (baixo teor).

Contudo, o trigo é colhido é basicamente transformado em farinha para servir como base de muitos alimentos como pães, bolos, biscoitos, entre outros inúmeros alimentos confeccionados a partir desta farinha.

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Qual é a estimativa para produção de grãos 2020/21?

De acordo com o 7º Levantamento da safra de grãos 2020/21, divulgado pelaCompanhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deverá alcançar a produção de 273,8 milhões de toneladas de alimentos, que representa 16,8 milhões de toneladas a mais do que a temporada de 2019/2020.

Essa estimativa considera a recuperação da produtividade das culturas da soja e do milho primeira safra, visto que ambas foram muito prejudicadas pela estiagem em 2019, sobretudo no Rio Grande do Sul.

Sendo assim, dois fatores que contribuíram para o recorde na produção foi a boa performance da soja e do milho e o aumento na área plantada, que cresceu 3,9%, totalizando 68,5 milhões de hectares.

Produção

Diante desse cenário, a produção de soja deve alcançar 135,5 milhões de toneladas, confirmando o país como o maior produtor mundial da oleaginosa. A área de cultivo está estimada em 38,2 milhões de hectares.

Já a safra total de milho também deverá se destacar, com produção estimada em 109 milhões, de toneladas, ou seja, um crescimento de 6,2% sobre a produção de 2019/20. No total, são produzidas 24,5 milhões na primeira safra, 82,6 milhões na segunda safra e 1,8 milhão da terceira safra.

No caso da produção de feijão, considerando a soma das três safras, a estimativa é de 3,3 milhões de toneladas com área total de 2,9 milhões de hectares. Um crescimento estimado de 2% na produção das três safras.

O algodão em pluma deve chegar a 6,1 milhões de toneladas de algodão em coroço, correspondendo a 2,5 toneladas de pluma, com área de 1,6 milhão hectares.

Já a produção de arroz sequeiro somada à de arroz irrigado deverá ficar em 11,1 milhões de toneladas, sendo 10,2 milhões de cultivos irrigados e 0,9 milhão de plantio sequeiro, em uma área de 1,7 milhão de hectares.

Em relação ao trigo, cerca de 80% da colheita da safra 2020 já foi concluída. Portanto, o volume de produção está estimado em 6,4 milhões de toneladas, com 2,3 milhões de hectares cultivados.

Exportação

As exportações também prometem bater recordes, a começar pela pluma de algodão caminhando para superar as safras anteriores. Só em outubro de 2020, o total exportado foi de 1,4 milhão de toneladas, o que representa 31% a mais do que o acumulado do mesmo período no ano passado.

Em relação ao milho, para o ano safra atual, foi mantida a previsão de exportações em 34,5 milhões de toneladas. Ainda em outubro, os embarques foram de 5,1 milhões de toneladas, ou seja, uma redução de 14,4% se comparado ao mesmo período do ano passado.

Já para a soja, a expectativa de venda para o mercado externo está em torno de 85 milhões de toneladas para esse ano, o que representa aumento de 2,78%.

Enfim, a produção de grãos no Brasil está se superando a cada ano e a tendência é crescer ainda mais. Aproveite para se aprofundar mais no assunto e leia nosso artigo sobre lavoura de grãos.

Até a próxima!


Publicado por:
Formada em Jornalismo, pós-graduada em Marketing e especialista em Comunicação Digital, atuo como Analista de Conteúdo no MyFarm. 
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