Sustentabilidade no Agronegócio: construindo negócios rurais sustentáveis

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Agronegócio: desafios e perspectivas da safra 2025/2026

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A safra 2025/2026 começa sob um cenário de complexidade crescente. O produtor rural brasileiro está diante de um novo ciclo marcado por incertezas geopolíticas, desafios macroeconômicos, pressão fiscal interna e mudanças nos padrões de rentabilidade das principais commodities, não muito diferente do que ele viveu na safra passada. Mais do que nunca, o planejamento estratégico, o uso intensivo de dados e a gestão de risco serão determinantes para a sustentabilidade da produção.

Sendo essa, minha primeira participação nesse espaço informativo, peço licença para abordar de uma forma macro, temas importantes para ficar no radar dos empresários e profissionais do agro brasileiro nos próximos anos, que são:

Contexto macroeconômico e geopolítico global

Guerra, comércio e incertezas

A geopolítica global continua impactando diretamente o agronegócio. A guerra entre Rússia e Ucrânia, embora menos intensa que em 2022/2023, ainda gera instabilidade nos mercados de fertilizantes (particularmente potássicos e fosfatados),grãos como o trigo e no setor de energia. A insegurança no Mar Vermelho, com ataques a navios comerciais, também encarece o frete internacional e afeta rotas logísticas essenciais.

Além disso, o conflito entre Israel e Irã, que escalou significativamente no primeiro semestre de 2025, provocou pânico momentâneo nos mercados globais. O risco de fechamento do Estreito de Ormuz — rota por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial — levou a uma alta repentina nas cotações do petróleo Brent, com reflexos imediatos no custo de fretes marítimos e derivados.

Para o agronegócio, o efeito mais sensível foi sobre os fertilizantes nitrogenados, cuja cadeia de produção depende fortemente do gás natural. A alta do petróleo pressionou os custos da ureia e do nitrato de amônio, gerando volatilidade nos preços de insumos fundamentais para culturas como milho, trigo e cana-de-açúcar.

Esse cenário evidencia a interconexão dos mercados e reforça a importância de monitoramento contínuo de riscos geopolíticos na gestão agrícola. Eventos aparentemente distantes do campo brasileiro impactam diretamente os custos de produção e a rentabilidade.

Além disso, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos continuam afetando os fluxos globais de commodities. A China, maior importadora da soja brasileira, tem buscado diversificar fornecedores (como Argentina e África),além de estimular sua produção doméstica, o que pode reduzir gradualmente sua dependência do Brasil — um risco estrutural para o médio e longo prazo.

Crescimento global moderado

Segundo o FMI, a projeção de crescimento da economia global para 2025 está em torno de 2,9%, refletindo juros elevados nas economias desenvolvidas, endividamento crescente e desaceleração da atividade em países emergentes. Esse cenário gera uma demanda global por alimentos e energia em ritmo mais lento, pressionando os preços internacionais das commodities agrícolas. Contudo, há contrapontos relevantes no mercado doméstico, que favorecem algumas cadeias produtivas do agronegócio brasileiro.

Em 2025, o Brasil avançou em sua política de biocombustíveis. O governo federal elevou a mistura obrigatória de biodiesel no diesel fóssil para 14% (B14),com expectativa de atingir B15 em 2026, conforme o cronograma da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Essa medida tem impacto direto na demanda por óleo de soja, principal matéria-prima para o biodiesel nacional.

Simultaneamente, o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, com a consolidação da faixa de 27% a 30% de participação, fortalece a demanda por cana-de-açúcar, especialmente voltada à produção de etanol hidratado e anidro e das novas plantas industriais de milho, aumentando a demanda do cereal ano a ano para fins energéticos. Essa movimentação é estratégica para a matriz energética brasileira e cria um colchão de demanda interna para essas culturas, atenuando os efeitos negativos da retração global.

Além disso, o aumento da frota de veículos híbridos flex e o avanço da agenda ESG nas grandes distribuidoras de combustível têm potencial de manter a demanda por biocombustíveis em alta, mesmo em um cenário internacional menos favorável.

Portanto, ainda que o crescimento global moderado limite o apetite por commodities no mercado internacional, o mercado interno de combustíveis renováveis surge como importante vetor de sustentação da rentabilidade para as cadeias de soja e cana, desde que os custos de produção permaneçam sob controle.

Situação interna: política, fiscal e crédito agrícola

Fator político e instabilidade fiscal

Internamente, o Brasil vive um momento de forte instabilidade fiscal. O governo federal enfrenta dificuldades recorrentes para cumprir metas de equilíbrio das contas públicas, mesmo com aumento da arrecadação. A promessa de déficit zero para 2025, que já foi flexibilizada, mostra as limitações do ajuste fiscal diante de um Congresso fragmentado e de gastos públicos persistentes.

Essa fragilidade fiscal pressiona o mercado, eleva a percepção de risco e impacta diretamente o custo do crédito, a cotação do dólar e a atratividade de investimentos no país. Além disso, é fundamental considerar que 2026 será um ano eleitoral, com eleições para presidente, governadores, senadores e deputados. Historicamente, anos eleitorais no Brasil trazem maior volatilidade no câmbio, aumento da aversão ao risco, postergação de investimentos privados e instabilidade nas decisões de política econômica.

Esse cenário de incerteza política pode afetar diretamente o agronegócio, tanto no aspecto fiscal (com menor previsibilidade de incentivos e subsídios) quanto no aspecto monetário, já que a volatilidade cambial tende a impactar os preços dos insumos importados e a formação de preços das commodities exportadas.

Somado a isso, discussões sobre reforma tributária complementar e mudanças na política de subvenções ao crédito agrícola ainda não estão resolvidas e devem ser usadas como pautas de campanha. Isso traz riscos adicionais à previsibilidade e estabilidade necessárias para o planejamento de médio e longo prazo do setor rural.

Crédito mais caro e menos acessível

O acesso ao crédito segue como um dos maiores entraves para o produtor rural na safra 2025/2026. A taxa Selic atingiu 15% ao ano, colocando o Brasil entre os países com maior taxa de juros reais do mundo — próxima de 10% ao ano, considerando inflação projetada.

Esse nível de juros cria um ambiente econômico perverso para o setor produtivo. Encarece o custo do crédito para custeio e investimento, inibe a tomada de risco e ao mesmo tempo atrai capital para a renda fixa, que oferece retorno elevado com baixo risco. Ou seja, há um desestímulo ao financiamento da produção e uma preferência clara por aplicações financeiras. Para o agronegócio, isso significa menos crédito e mais seletividade por parte dos agentes financeiros.

Mesmo o crédito subsidiado sofre com essa conjuntura. O Plano Safra 2025/2026, anunciado com valor global superior a R$ 500 bilhões, veio cercado de expectativas, mas com vários alertas importantes:

  • Não houve correção real dos recursos em relação à inflação acumulada dos últimos 12 meses. Na prática, o valor liberado tem menor poder de compra que em anos anteriores.
  • A participação do Tesouro Nacional na subvenção de juros vem caindo ano após ano. Quando comparado aos quatro últimos Planos Safras, é visível a redução da fatia de recursos realmente subsidiados — ou seja, o governo anuncia grandes volumes, mas quem financia a maior parte são bancos, cooperativas e o mercado privado, via Letras de Crédito do Agronegócio (LCA),CRA e outras modalidades.
  • No Plano Safra anterior (2024/2025),parte dos recursos anunciados sequer foi executada integralmente, devido à falta de equalização disponível e à burocracia envolvida na liberação. Isso gera descrença e desconfiança no campo: será que o novo Plano Safra vai repetir o mesmo padrão?

Além disso, os critérios de acesso seguem rígidos, com exigência de garantias reais, análise de risco e histórico de crédito, o que exclui muitos produtores — especialmente os médios e pequenos — da possibilidade de financiar sua produção com segurança.

Diante dessa realidade, estratégias alternativas de financiamento vêm ganhando espaço, como:

  • Operações com tradings (barter);
  • Parcerias com agroindústrias;
  • Cooperativas de crédito com atuação mais próxima e flexível;
  • Emissão de títulos privados, como CRA e FIDC agro;
  • Capital próprio como única alternativa em muitas situações.

A necessidade de planejar o fluxo de caixa com rigor e de avaliar o custo efetivo total das operações nunca foi tão urgente. Mais do que buscar crédito, é preciso avaliar se o crédito obtido de fato gera retorno superior ao seu custo, o que nem sempre é possível em uma safra de margens apertadas.

Rentabilidade das principais commodities

Soja

A soja permanece como a principal cultura da primeira safra no Brasil, representando a espinha dorsal da agricultura nacional em termos de área plantada, produção e valor bruto da produção agropecuária.

No entanto, apesar de sua relevância, a cultura vive um momento de desafio financeiro expressivo. Muitos produtores, sobretudo médios e grandes, realizaram altos investimentos nos últimos anos — em máquinas, terras, armazenagem, estruturas de irrigação e tecnologia — com base em margens passadas mais generosas.
Agora, com os preços internacionais pressionados e os custos de produção ainda elevados, a soja enfrenta o desafio de pagar esses investimentos e manter rentabilidade.

Os preços futuros em Chicago (CBOT) têm oscilado entre US$ 11,80 e US$ 12,40 por bushel, bem abaixo do pico de 2022 (US$ 17,60). O câmbio próximo a R$ 5,40 ajuda, mas não é suficiente para compensar integralmente a queda da cotação internacional, especialmente em regiões com logística menos competitiva. A rentabilidade da soja em 2025/2026 dependerá de produtividade acima da média e forte controle de custos.

Milho

O milho brasileiro está em plena colheita da safrinha 2025, que vem surpreendendo positivamente o mercado. Mesmo com redução de área plantada em relação ao ciclo anterior, o clima favorável nas principais regiões produtoras (Centro-Oeste e parte do Sudeste) resultou em níveis recordes de produtividade, configurando uma das melhores safrinhas dos últimos anos.

Ao contrário de análises anteriores que apontavam recuo no consumo, a demanda interna por milho aumentou, sustentada por dois vetores principais:

  1. Expansão da produção de etanol de milho, com várias usinas novas entrando em operação em 2025 e outras previstas para 2026, especialmente em Mato Grosso e Goiás;
  2. Crescimento das exportações do complexo carnes (bovino, suíno e aves),exigindo mais grãos para ração animal.

Essa dinâmica gerou redução das exportações de milho in natura, justamente porque o consumo doméstico cresceu. Portanto, mesmo com oferta elevada nesta safra, os estoques não devem crescer de forma alarmante. O preço, embora pressionado, tem se mantido em patamares, na casa dos R$ 55,00 saca, dependendo da praça.

Três meses atrás o milho apresentava-se na B3, no mínimo R$ 10,00 acima por saca para o contrato setembro de 2025, recomendamos proteção aos produtores que aos sinais das informações de atraso no plantio da cultura e consequentemente menor área plantada, preferiu esperar e especular ao invés de se proteger ao risco de segunda safra. Bom, o final já sabemos, a mãe natureza atuou e os preços cederam e muitos poderão amargar prejuízos se a produção não for boa e o mesmo necessitar fazer caixa. Atuar com derivativos, pode parecer não ser um bom negócio, mas com inteligência, informação e coragem, pode se tornar o principal aliado de margem para essa cultura.

Café

O café arábica vive um momento de manutenção de preços em patamares atrativos, tendência que deve continuar em 2026 devido à expectativa de nova quebra na produção global e estoques ajustados. No entanto, o custo de produção aumentou significativamente — mão de obra, insumos e energia são os principais vetores de pressão.

Isso exige do produtor uma postura mais estratégica, com foco em proteção de margemegestão comercial eficiente. A volatilidade do mercado de café pode levar a perdas relevantes quando há ausência de estratégia: muitos ainda operam com práticas especulativas ou vendem na baixa por necessidade de caixa, deixando dinheiro sobre a mesa. O uso de contratos futuros, opções e comercialização escalonada são ferramentas indispensáveis nesse cenário.

Cana-de-açúcar

A cana vive um cenário relativamente positivo, com preços sustentados pelo aumento da mistura de etanol na gasolina, pela boa demanda por açúcar no mercado internacional e por condições climáticas favoráveis na maior parte do cinturão canavieiro do Centro-Sul.

Entretanto, o setor ainda sente os reflexos das queimadas ocorridas no ciclo anterior, que afetaram áreas produtivas e exigiram maior investimento em reforma de canaviais e tratos culturais. O custo de renovação de áreas segue alto, impactando a margem especialmente dos produtores independentes. A pressão de custos, portanto, continua significativa e demanda eficiência operacional para garantir boa rentabilidade.

Algodão

O algodão, ao contrário do que se esperava em ciclos anteriores, enfrenta um cenário de preços acomodados no mercado internacional. A cotação internacional, pressionada por menor demanda global e estoques elevados em alguns países asiáticos, tem remunerado pouco o produtor brasileiro, especialmente aqueles com produtividades médias ou abaixo da média.

A depender da produtividade, muitos agricultores poderão fechar a safra no vermelho, principalmente os que operaram com custos elevados de implantação e comercialização. Além disso, o algodão exige investimento pesado em tecnologia, manejo e colheita, além de ter um ciclo de capital de giro mais longo. Outro fator crítico é a forte dependência do mercado externo: mais de 70% da produção brasileira é exportada. Assim, a volatilidade cambial e logística impacta diretamente a rentabilidade do setor.

Pecuária

A pecuária brasileira, especialmente a de corte, atravessa um bom momento em 2025. O ciclo de chuvas se estendeu até mais tarde em diversas regiões produtoras, proporcionando pastagens mais robustas e reduzindo significativamente a necessidade de suplementação alimentar — que representa uma das principais fontes de custo para o pecuarista.

Essa condição climática favorável foi acompanhada por uma alta moderada nos preços da arroba, com cotação média nacional acima de R$ 250,00, superando os valores praticados no ciclo anterior. O aumento das exportações de carne bovina, especialmente para a China, e o consumo interno em recuperação também colaboraram com a melhora das margens do produtor.

O desafio agora é manter a sanidade do rebanho, a rastreabilidade e a regularização ambiental, em meio à crescente exigência dos mercados internacionais. A profissionalização da gestão também é decisiva para aproveitar os bons preços e blindar a operação contra futuros ciclos de baixa.

Pressão de custos e insumos agrícolas

Apesar de alguma normalização nos preços internacionais em comparação com o ciclo 2022/2023, a safra 2025/2026 já se desenha como uma das mais caras dos últimos anos.

De maneira geral, os custos de produção serão maiores, impulsionados por três fatores principais:

  1. Aumento no preço dos fertilizantes, especialmente os nitrogenados (como ureia e nitrato de amônio),influenciados pelas tensões geopolíticas no Oriente Médio (como o conflito Israel-Irã) e pela valorização do petróleo e do gás natural, insumos básicos dessa cadeia. A elevação dos preços internacionais, somada à alta do frete marítimo e ao câmbio mais elevado, impõe uma nova pressão aos custos das culturas de alto consumo, como milho, trigo e cana.
  2. Alta em moléculas químicas essenciais ao manejo fitossanitário, como herbicidas à base de glifosato e fungicidas utilizados em culturas como soja e algodão. Questões de oferta global, dependência da indústria chinesa e oscilações logísticas têm impactado diretamente os custos desses insumos. Há inclusive risco de escassez pontual de alguns princípios ativos, o que pode elevar ainda mais os preços em determinadas regiões.
  3. Aumento do custo financeiro, podendo o produtor ter uma rentabilidade abaixo do custo do capital empregado no giro da safra, isso deteriora sua geração de caixa e desgastar seu modelo econômico de negócio.

Além disso, os custos operacionais com diesel, peças de reposição e mão de obra permanecem elevados. O câmbio acima de R$ 5,00, embora beneficie as exportações, encarece os insumos importados, que ainda representam mais de 70% da estrutura de custo de uma lavoura moderna.

O produtor entra, portanto, na safra 2025/2026 com uma margem mais estreita e menos tolerância a erros — seja de manejo, de clima ou de estratégia comercial. A gestão técnica e financeira eficiente será determinante para garantir rentabilidade em um cenário de custos elevados e preços das commodities mais moderados.

Tendências e estratégias para mitigar riscos

Diante deste cenário, algumas estratégias ganham relevância:

  • Gestão de risco de preço, com uso de mercado futuro, barter e contratos antecipados.
  • Diversificação produtiva, especialmente entre culturas de ciclo diferente e com menor dependência de insumos importados.
  • Planejamento financeiro estruturado, com foco em fluxo de caixa, margem líquida e estrutura de capital.
  • Uso de tecnologia e inteligência de dados, como modelos de previsão climática, análise de rentabilidade por talhão e uso de ferramentas digitais de gestão.
  • Revisão de estrutura de custo, com foco em eficiência operacional e redução de desperdícios.

Considerações finais

A safra 2025/2026 se inicia com um ambiente de negócios marcado por elevada complexidade e forte pressão por profissionalismo na gestão. Os pilares que sustentam o agro — crédito, insumos, clima, preço e logística — estão todos sob tensão, exigindo mais do que nunca uma atuação técnica, estratégica e resiliente do produtor rural.

Do ponto de vista macroeconômico e geopolítico, o mundo enfrenta uma fase de crescimento moderado e instabilidade, com conflitos no Leste Europeu e Oriente Médio impactando diretamente a formação de preços de petróleo, fertilizantes e alimentos. No Brasil, o ambiente político e fiscal conturbado, somado ao ciclo eleitoral de 2026, acende alertas sobre a volatilidade cambial e a previsibilidade de políticas públicas voltadas ao campo.

A realidade do crédito rural se tornou mais dura: juros reais acima de 9%, custo de capital elevado e um Plano Safra que, embora volumoso, perde eficiência pela falta de subvenção real e baixa execução histórica. O financiamento do agro está cada vez mais dependente do mercado privado, exigindo preparo técnico e financeiro do produtor para navegar nesse cenário.

No campo, as principais cadeias produtivas vivem realidades distintas:

  • A soja, como base da primeira safra, precisa pagar investimentos passados e lutar por margens em um mercado pressionado.
  • O milho, com safra surpreendentemente positiva, ganha força com o aumento do consumo interno e das usinas de etanol.
  • O café sustenta bons preços, mas exige gestão comercial ativa para preservar margens.
  • A cana segue relevante, impulsionada pela bioenergia, mas ainda sob efeitos de eventos climáticos passados e altos custos de renovação.
  • O algodão enfrenta uma conjuntura de preços acomodados e forte dependência do mercado externo, exigindo eficiência para evitar prejuízos.
  • E a pecuária, com clima favorável e bons preços, vive um momento positivo que deve ser aproveitado com gestão estratégica.

Por fim, os custos de produção continuarão em alta, puxados por fertilizantes, químicos e outros insumos dolarizados. A rentabilidade estará diretamente associada à capacidade do produtor de operar com eficiência, prever riscos e tomar decisões baseadas em dados confiáveis.

A safra 2025/2026 não será fácil. Mas, como em outros ciclos desafiadores da história do agro brasileiro, a adversidade pode ser também uma alavanca de transformação — seja no campo da gestão, da tecnologia ou da governança.

Planejar, antecipar e agir com inteligência será a base para atravessar mais esse ciclo, com os olhos sempre voltados para a sustentabilidade econômica, social e ambiental do setor que alimenta o Brasil e o mundo.


Publicado por:
Economista, administrador, empresário, consultor, mentor, professor, especialista em finanças e agronegócio, mestre em administração, doutor em agronomia com foco em economia rural, voluntário social e apaixonado pelo agro.
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