Commodities agrícolas

Share

Entenda como funciona o mercado das commodities agrícolas

Quer saber mais sobre o MyFarm?

Entre em contato e agende uma demonstração com nossos consultores!

Solicitar Teste Grátis

O Brasil é um dos países que mais produz e exporta commodities agrícolas para o mundo.

Mas você conhece o conceito de commodities agrícolas? Sabe quais são as mais produzidas no nosso país?

Neste artigo vamos apresentar suas principais características e explicar como esse mercado funciona.

Confira a seguir!

Commodities

O termo commodity significa mercadoria. No entanto, na prática, o que determina se um produto pertence a essa categoria é o mercado internacional, visto que sua definição se dá por produtos que não possuem diferenças de valor significativas, independentemente do país de origem.

Isso significa que as commodities negociadas na Ásia são idênticas às comercializadas na América do Norte e na Europa, pois as características dos itens são basicamente as mesmas, não importando o local de produção.

ads

Vale destacar que além das commodities agrícolas também existem as minerais (petróleo, gás natural e etanol),bem como financeiras (títulos do Tesouro Direto, euro, dólar, e qualquer moeda fiduciária) e ambientais (madeira, água e a geração de energia).

O que são commodities agrícolas?

Em síntese, as commodities agrícolas são mercadorias originadas no agronegócio,
que passam por poucas intervenções industriais em seus processos e são comercializadas praticamente em seu estado natural.

Além disso, as commodities possuem alto valor comercial para o mercado econômico. Isso porque são utilizadas como matéria-prima para a produção de outros produtos.

As commodities agrícolas possuem uma subdivisão:

Grãos: soja, milho e trigo;

Proteínas: carnes, leite e derivados;

Softs: açúcar, cacau, café, suco de laranja e algodão.

Esse agrupamento pode ter variações, de acordo com a produção de cada país, porém, seguem a mesma linha de comercialização e padronização.

Características das commodities agrícolas

Para identificar as commodities agrícolas é fundamental se atentar para suas características. Confira quais são elas:

Preços

O preço da commodity é negociado na Bolsa de valores, considerando fatores como oferta e demanda. Por isso, ele não sofre variações entre os países.

Padronização

As commodities agrícolas são padronizadas. Isso significa que um grão de café, por exemplo, deve possuir as mesmas características, independente do local em que foi produzido.

Volume

Na agricultura, as commodities são produzidas em grande volume e consequentemente comercializadas em grandes quantidades.

Produção primária

As commodities agrícolas são produtos de origem primária, ou seja, podem servir de matéria-prima para outros produtos. Um exemplo é a soja, que é utilizada na fabricação do óleo de soja.

>>> MATERIAL GRATUITO: E-BOOK GUIA COMPLETO PARA GESTÃO AGRÍCOLA <<<

Quais são as principais commodities agrícolas produzidas no Brasil?

O Brasil é um dos países que mais produz e exporta commodities agrícolas para o mundo. Veja as principais a seguir!

Soja

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de soja, sendo o principal fornecedor para a China, que é o país que mais consome o grão.

A soja normalmente é utilizada na produção de óleo, farelo e biodiesel. Além disso, é um produto que alimenta humanos e animais.

Milho

Nosso país é o terceiro maior produtor e segundo maior exportador mundial de milho. Nesse cenário, o Brasil é um dos principais fornecedores para o Japão, o Irã e o Vietnã.

O milho é uma commodity utilizada na produção de etanol, ração animal, alimentos e produtos industriais.

Café

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, sendo fornecedor para países como Estados Unidos, Alemanha e Itália.

Além de ser utilizado para bebida, também serve de matéria-prima para indústria de cosméticos, farmacêutica e alimentícia.

Açúcar

O Brasil exporta açúcar para China, Índia e Nigéria. Essa commodity pode ser utilizada na produção de alimentos, bebidas, biocombustíveis e produtos químicos.

Algodão

O algodão é matéria-prima para produção de fibras, tecidos, óleos e ração animal. O Brasil é o quarto maior produtor e segundo maior exportador desse produto, sendo o principal fornecedor para a China, o Vietnã e o Paquistão.

Como funciona o mercado de commodities agrícolas?

Antes de explicar como funciona esse mercado é importante esclarecer que as commodities agrícolas não abastecem apenas os clientes externos, mas também a demanda nacional.

A princípio, elas são reguladas conforme a oferta e a demanda dos produtos. Nesse contexto, a bolsa de valores costuma determinar as cotações, assim, quanto maior for a oferta de ações, menor será o preço — e vice-versa.

Diante disso, mudanças realizadas pelos governos e pelos próprios hábitos de consumo da sociedade influenciam os preços finais.

Na prática, os preços podem ser cotados utilizando como referência o quilo, a saca, a tonelada e até mesmo a arroba, como é o caso da pecuária. Dessa forma, fatores como clima, as especulações financeiras e o tempo de colheita também determinam a cotação.

Contudo, ainda que a oferta e a demanda ajudem a definir os valores das mercadorias, o produtor rural não é obrigado a seguir estes preços.

Isso significa que ele pode firmar as suas próprias parcerias e negociar vendas diretamente com os clientes finais. Caso opte por essas alternativas, nem sempre os lucros serão tão diferentes da cotação internacional.

Tipos de negociações de commodities agrícolas

Existem quatro tipos de negociações de commodities agrícolas disponíveis no mercado. Veja quais são elas:

1. Mercado físico

Esse tipo de negociação funciona assim: o produtor rural vende as commodities agrícolas para um comprador que atua no mercado físico e a moeda de troca é o dinheiro.

Nesse caso, o pagamento é à vista e esse tipo de transação também é conhecida como spot ou disponível.

2. Mercado a termo

Esse tipo de negociação ocorre a partir de um acordo feito entre vendedor e comprador e o pagamento é a prazo.

Além disso, os detalhes da venda são definidos previamente e o preço da commodity será considerado o do dia em que o acordo foi fechado. Assim, não haverá alterações caso haja variações dos valores após firmado o contrato de venda.

3. Mercado futuro

Essa negociação parece a do mercado a termo, porém, sua diferença está na forma como contratos futurossão padronizados, já que possuem quantidades específicas e datas de vencimento predeterminadas.

Nesse caso, o objetivo é obter lucro com as oscilações de preço, visto que não há entrega física da mercadoria. Assim, os compradores possuem maior garantia do investimento realizado e evitam prejuízos.

Isso acontece porque é possível comprar na baixa de preço e esperar que o mercado valorize, para então vender por um valor que considerar justo.

4. Mercado de opções

No mercado de opções, o comprador ou vendedor tem a opção de negociar commodities agrícolas em uma data futura por um valor preestabelecido.

Apesar de parecer arriscado, esse tipo de derivativo é flexível e oferece oportunidades maiores de gerenciamento dos riscos e de tomadas de decisões mais assertivas.

Desse modo, o comprador e o vendedor podem se proteger da desvalorização, já que não são obrigados a fechar o acordo no final.

Gostou desse conteúdo? Então, aproveite e leia nosso artigo sobre mercado agrícola brasileiro.


Publicado por:
Formada em Jornalismo, pós-graduada em Marketing e especialista em Comunicação Digital, atua como Analista de Conteúdo no MyFarm. 
Share