amostragem de grãos

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Conheça os diferentes tipos de Métodos de Amostragem de Grãos

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A amostragem de grãos é o processo realizado para determinar a qualidade dos grãos colhidos na lavoura, antes de armazená-los.

Neste artigo, vamos explicar o que é a amostragem de grãos, sua importância e os principais métodos utilizados nessa prática.

Então, continue a leitura para tirar todas as suas dúvidas.

Vamos lá?

O que é amostragem de grãos?

A amostragem de grãos consiste basicamente na retirada de uma porção representativa de grãos de um lote, com o objetivo de determinar a sua qualidade.

De acordo com a Conab, a finalidade da amostragem é obter uma amostra de tamanho adequado para os testes, na qual estejam presentes os mesmos componentes do lote a ser classificado e em proporções semelhantes.

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Quando a amostragem de grãos deve acontecer?

A princípio, o processo de amostragem de grãos deve acontecer ainda na recepção da carga e durante o armazenamento.

Assim, durante a recepção, antes da pesagem da carga, realiza-se a pré-amostragem, que consiste na verificação da qualidade e determinação do percentual de impurezas e umidade do produto.

Nesse sentido, é na pré-amostragem que é decidido o destino do produto, isto é, se há necessidade de limpeza, secagem, armazenamento imediato ou até mesmo se ele será descartado.

Em seguida, antes da descarga, é feita a amostragem que tem a finalidade de determinar o teor de umidade, teor de impurezas, classificação do produto, e especialmente, no caso do trigo, a determinação do peso hectolítrico.

Por fim, durante o armazenamento, é realizada a amostragem para averiguar o aparecimento de insetos, roedores, deterioração, teor de umidade do produto e sua classificação.

Tipos de amostras

Em geral, as amostras são classificadas em quatro tipos. São elas:

Amostra simples: pequena porção do produto retirada de diferentes pontos do lote, por meio de amostrador.

Amostra composta: consiste na combinação e mistura de todas as amostras simples retiradas do lote. Por ser normalmente bem maior que a necessária para as diferentes análises, precisa ser reduzida antes de ser enviada ao laboratório ou posto de classificação.

Amostra média: é a recebida pelo laboratório para análise, visto que é resultante da homogeneização e redução da amostra composta.

Amostra de trabalho: é a obtida por homogeneização e divisão da amostra média pra ser usada nas determinações analíticas. Assim, se a amostra composta for do tamanho apropriado, ela poderá ser considerada como amostra média, sem sofrer redução.

Vale destacar que a determinação da qualidade do produto será obtida com base em uma amostra representativa fiel da realidade. Por isso, é fundamental que a amostra a ser analisada seja composta, embalada e conservada adequadamente.

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Quais equipamentos são utilizados na amostragem de grãos?

Em síntese, para realizar a amostragem de grãos será necessário utilizar vários equipamentos. Confira a seguir!

Caladores simples

Os caladores simples são basicamente extratos, geralmente metálicos, utilizados para realizar a retirada de amostras em sacaria de aniagem, polipropileno ou algodão, através de simples furacão dos sacos que contém produtos como: arroz, café, feijão, milho, soja, trigo, sorgo e outros tipos de grãos.

sondas manuais utilizados na amostragem de grãos
Caladores simples
Fonte:Conab

Sondas manuais

As sondas manuais são extratores metálicos utilizados na amostragem de grãos a granel. Assim, por possuir divisões (septos) no seu interior, permite a retirada de várias amostras pequenas de uma só vez e em várias profundidades. Dessa forma, é possível observar a qualidade do produto armazenado nos pontos coletados.

Em geral, são compostos por dois cilindros: um deles acoplando-se perfeitamente no interior do outro, possuindo aberturas no sentido longitudinal reguladas pelo movimento giratório do cilindro interno.

sonda manual utilizada na amostragem de grãos a granel.
Sonda manual
Fonte: Conab

Sondas pneumáticas portáteis

As sondas pneumáticas portáteis são utilizadas nos silos e graneleiros para retirar as amostras por meio da sucção dos grãos.

Vale destacar que, caso não haja a consulta das instruções de uso dos fabricantes, pode ocorrer erros na amostragem devido à retirada de maiores quantidades de impurezas leves do que deveria e menos impurezas pesadas do que realmente possam existir.

sonda pneumática portátil utilizada no processo de amostragem de grãos em silos e graneleiros.
Sonda Pneumática Portátil
Fonte: Conab

Sondas pneumáticas fixas

As sondas pneumáticas fixas são utilizadas na amostragem de grãos a granel em caminhões ou vagões, para retirar as amostras através da sucção dos grãos.

Portanto, trata-se de um equipamento fixo e o seu mecanismo é composto de braço articulado dotado de lança telescópica de acionamento hidráulico, que é capaz de retirar amostras em toda a profundidade da carga, sem qualquer esforço físico, ampliando o número de pontos de coleta, o que contribui para a avaliação qualitativa e quantitativa mais correta da carga.

Além disso, as sondas pneumáticas fixas com giro de 300º possibilitam a coleta de até dois caminhões – lado a lado, simultaneamente (duas pistas).

Contudo, assim como nas sondas pneumáticas portáteis, antes da operação as instruções de uso dos fabricantes devem ser observadas a fim de evitar erros na amostragem.

Sonda pneumática fixa utilizada na amostragem de grãos.
Sonda Pneumática Fixa
Fonte: Conab

Sondas Torpedo

As sondas torpedo são basicamente extratores usados na coleta de amostras de produtos a granel em grandes profundidades. Eles possuem varetas auxiliares que se encaixam uma na outra pelo sistema de roscas e dispõe de um terminal que facilita sua introdução no interior dos grãos.

sonda torpedo usada no processo de amostragem de grãos.
Sonda Torpedo
Fonte: Conab

Canecos ou baldes

São coletores de amostras para produtos a granel em queda livre (dutos de descarga) ou na saída de transportes como correias transportadoras, elevadores de caneca, roscas sem fim, dentre outros.

Os canecos possuem o bico, responsável por coletar a amostra, e um cabo, que pode variar de tamanho, conforme a necessidade de cada caso ( os canecos pelicanos, por exemplo, apresentam o comprimento maior).

Os baldes podem ser utilizados como depósito para as pequenas amostras a medida em que elas são retiradas, visando uma homogeneização posterior.

coletores utilizados na amostragem de grãos.
Coletores de amostra
Fonte: Conab

Embalagens de polipropileno

São embalagens utilizadas para proteger as amostras retiradas ( após a sua homogeneização e redução),visto que elas serão direcionadas para a realização de testes que identificarão as suas condições qualitativas.

Além disso, essas amostras também passam por manutenção em um local próprio na unidade (armário ou prateleira) de forma adequada para preservar sua representatividade em relação ao lote.

embalagem de polipropileno utilizada para proteger as amostras de grãos.

Embalagem de Polipropileno
Fonte: Conab

Como é feita a amostragem de grãos?

Antes de explicar como é feita a amostragem, precisamos explicar como realizar a coleta para executar o processo.

A princípio, para realizar a coleta da amostragem, é necessário seguir o passo a passo:

  • Reúna os materiais a serem utilizados: caladores, baldes de plástico e local de anotação;
  • Colete as subamostras: coletadas em pontos previamente definidos, dependendo de como a carga de grãos estiver apresentada;
  • Verifique o peso total da carga (lote);
  • Planeje o número de pontos de onde serão retiradas as subamostras;
  • Faça a homogeneização das subamostras: um procedimento que garante a representatividade do lote;
  • Reúna o material e pese os grãos homogeneizados.

A partir desses critérios de coleta são realizados a pré-amostragem e amostragem. Entenda!

Pré-amostragem

Na pré-amostragem retiram-se as amostras antes da pesagem do veículo a fim de determinar o percentual de impurezas e umidade do produto recebido.

Em geral, durante o transporte, as impurezas mais pesadas se acomodam no fundo da carroceria do caminhão e as mais leves na parte superior (através da ação dos ventos, chuva e sol).

Nesta etapa, as amostras devem ser colhidas utilizando-se sondas manuais ou pneumáticas e coletadas ao acaso, em profundidades que atinjam o terço superior, o meio e o terço inferior da carga a ser amostrada.

Contudo, o tipo de coleta a ser realizada será determinada pelo responsável técnico da unidade, que poderá, inclusive, modificá-lo para cada operação.

Amostragem propriamente dita

Após a etapa de pré- amostragem é o momento de realizar a amostragem dos grãos, que é realizada antes e durante a descarga dos grãos. Confira a seguir os principais métodos utilizados nesse processo!

Durante a recepção

Em geral, durante a recepção dos grãos nas unidades armazenadoras, a amostragem pode ocorrer antes de durante a descarga do produto, ou seja, no momento em que são retiradas as amostras da parte superior da carga, com o uso de sondas manuais ou pneumáticas, e durante a descarga, com canecos ou baldes.

Durante a descarga da moega

Antes da descarga do veículo na moega, realiza-se uma amostragem da parte superior da carga, mais sujeita às intempéries durante a viagem.

Já em caminhões convencionais, realiza-se a amostragem por meio da retirada de pequenas porções, em diferentes pontos e de ambas as laterais, logo que estas são abertas para o descarregamento dos grãos.

Em ambos os casos, as amostras devem ser homogeneizadas posteriormente para formação da amostra composta, que deve ser enviada para a análise.

Durante a armazenagem

No decorrer do período de armazenamento, deverão ser realizadas amostragens da massa de grãos a título de inspeção, com o intuito de verificar o estado qualitativo e fitossanitário do produto estocado.

Desse modo, deve-se coletar as amostras com a utilização da sonda pneumática portátil, sonda torpedo ou mesmo sondas manuais.

Contudo, neste tipo de amostragem, as amostras devem ser analisadas separadamente, de acordo com as diferentes alturas em que foram coletadas para verificação da existência de possíveis “bolsas” de calor ou umidade.

Durante a expedição

Na expedição do produto, o sistema de amostragem vai seguir os mesmos critérios empregados na recepção do mesmo produto, com exceção de não haver necessidade da divisão da amostragem em três partes.

Assim sendo, deve-se apenas coletar periodicamente as amostras nos dutos de saída dos silos de expedição até a quantidade recomendada em função do total a ser retirado:

  • Para quantidades inferiores a 500 t, retiram-se 40 kg para cada série de 500 t ou fração;
  • Para quantidades superiores a 500 t, retiram-se 40 kg para cada série de 500 t ou fração.

Cuidados que devem ser considerados durante a amostragem de grãos

  • Não usar, em hipótese alguma, as mãos em contato direto com os grãos;
  • Em transportadores como correias, roscas sem-fim e elevadores de caneca, as amostras devem ser retiradas nas bocas de saída dos grãos, alçapões apropriados ou moegas de carga;
  • Não fazer determinações de umidade e de impurezas sem antes realizar a homogeneização e redução das amostras;
  • Na determinação do percentual de umidade, não usar amostras com impurezas, visto que as mesmas fornecem resultados errôneos;
  • Colocar as amostras em lugar seguro, sem exposição aos raios solares, às chuvas e aos ventos;
  • Não deixar as amostras expostas a pássaros e roedores.

Qual a importância da realização da amostragem de grãos?

Na comercialização de grãos, existem limites máximos de defeitos tolerados. Esses limites são regidos por Instruções Normativas que estabelecem o regulamento técnico das culturas e determinam descontos progressivos e até mesmo descarte do lote, quando os limites tolerados não são obedecidos.

Por isso a amostragem correta de grãos é tão importante. Afinal, quando ela ocorre de forma errada, especialmente em relação a estocagem e conservação, pode resultar em perdas tanto do produto quanto da venda.

Em resumo, ao realizar a amostragem de grãos o produtor rural assegura todos os esforços investidos no cultivo da cultura e garante o maior rendimento do negócio rural.

Enfim, gostou desse conteúdo? Então, aproveite e leia nosso artigo sobre beneficiamento de grãos.


Publicado por:
Formada em Jornalismo, pós-graduada em Marketing e especialista em Comunicação Digital, atuo como Analista de Conteúdo no MyFarm. 
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